segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ansiedade Inútil



"Não andeis ansiosos por coisa alguma..."
 (Filipenses 4:6).
Dr. Robert Elliott, um cardiologista de Nebraska, USA, tinha duas regras para administrar tensão e preocupação: Regra 1 -- "Não ficar ansioso por coisas pequenas". Regra 2 --"Todas as coisas são pequenas". (John Maxwell - Como Vencer A Preocupação)
Quando gastamos nosso tempo inutilmente com ansiedade e preocupação, perdemos ótimas oportunidades de experimentar as bênçãos que decorrem de um coração confiante e seguro no Senhor. Ele nos prometeu grandes coisas e o melhor que temos a fazer é esperar pacientemente pelo cumprimento de cada uma delas. De que adianta eu colocar as minhas inquietudes no altar de Deus se não sou capaz de esperar o tempo certo de Sua resposta?
E se nós, como o cardiologista de nossa ilustração, entendermos que grande é o Senhor e não as nossas angústias, viveremos de forma muito mais abundante e não seremos incomodados pelo estresse que elas provocam. A fé fortalece a nossa esperança e em meio a turbulências, experimentamos momentos de paz e felicidade.
De que adianta passarmos longos dias preocupados com os problemas que nos afligem se a vitória, sabemos, vem do Senhor? De que nos valerá estar desesperados se não temos força ou capacidade de resolvê-los? Deixemos que Deus tome conta de tudo. Descansemos à sombra de Seu altar e tenhamos confiança plena de que a solução logo chegará. E, se por qualquer motivo ela não vier, glorifiquemos a Deus porque Sua vontade é soberana e Ele terá coisas maiores e melhores para nós.
Abandone toda ansiedade que impede que você seja realmente feliz. Abra o seu coração para o Senhor e deixe que Ele dirija sua vida. Seus problemas, na realidade, são pequenos e logo desaparecerão.

Grande é o nosso Deus! Grandes são as bênçãos que Ele nos dá!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Opressão e possessão



A ação de Satanás para atingir os filhos de Deus não é novidade para nós, cristãos. A Palavra está repleta de versículos e relatos que falam acerca das constantes tentativas do diabo de derrotar os salvos.
Jesus preparou seus discípulos para que tivessem vitória na luta contra o inimigo, Mt 26: 41. Neste estudo vamos analisar dois assuntos de grande interesse relacionados à batalha espiritual: opressão e possessão demoníaca.

  São estratégias do inimigo para ir assumindo o controle da vida das pessoas.

I - OPRESSÃO
Opressão é a presença de demônios em determinados ambientes e sua influência direta sobre as pessoas. Há no Novo Testamento diversas referências à opressão demoníaca, Lc 4: 18; At 10: 38. As forças do mal invadem o local e o tornam pesado e carregado. Os demônios assediam as pessoas que moram ou freqüentam aquele  lugar, exercendo pressão sobre elas e, muitas vezes, as levam à exaustão e à depressão. Essa invasão maligna só ocorre quando se dá lugar à ação do diabo.
a) Os demônios procuram nossos pontos mais vulneráveis. Com isso, enfraquecem nossa resistência moral e espiritual. Eles trazem a preguiça, o desânimo, as incertezas, a indiferença, a desobediência, etc. Para trazer males à igreja, o inimigo procura agir com freqüência na família. E muitas abrem as portas para o tentador. Quantas que, quando se reúnem, o que mais gostam de fazer é falar mal dos outros. São lares onde as palavras são instrumentos de destruição, ao invés de bênção e edificação.
b) Todos os seres humanos, inclusive o crente, estão sujeitos à opressão. A opressão pode atingir qualquer área da vida. As mais afetadas são as seguintes:
·          moral, levando à mentira, prostituição, roubos, assassinatos, etc;
·         física, causando enfermidades e doenças.O diabo oprimiu Jó e, mediante permissão de Deus, trouxe-lhe enfermidade. No entanto, nem todas as enfermidades e doenças são de origem maligna;
·         material, levando o homem à obsessão por bens, dinheiro, cargos, etc;
·         espiritual, induzindo à idolatria, à prática de ocultismo.
c) Como obter vitória? O crente que luta contra essa ação do maligno é vencedor, porque seus pés estão firmados na Rocha Eterna, Sl 40: 2. A maneira que Jesus ensinou para vencermos o maligno é atacá-lo pela oração, jejuns e proclamação da Palavra, destruindo suas armas de engano e tentação demoníacas, Mt 17: 21.

II - POSSESSÃO
Se a opressão é a presença de demônios em torno da pessoa, a possessão é a presença de um ou mais demônios dentro dela, Mc 5: 9-13. A opressão opera de fora para dentro, já a possessão, de dentro para fora. É sinal de que o diabo alcançou grande domínio sobre a vida da pessoa.
a) Demônios controlam reações. Quando os demônios não apenas dominam o ambiente, mas passam a controlar uma pessoa, existe um típico caso de possessão. Em Mc 5: 1-20 há um exemplo disso. O homem andava sempre nu, Lc 8: 27, de noite e de dia clamando entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. Quando uma pessoa está possessa, ela perde o controle de si mesma. O homem gadareno (Marcos 5) tinha o corpo dominado e usado por demônios, vv. 1-4; perdera a sensibilidade física (não sentia dor, frio, fome), v. 5, bem como o controle das faculdades: voz, ação, locomoção, vv. 6-7. No entanto, depois de libertado por Jesus, foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo. Outros casos de possessão demoníaca podem ser vistos em Mc 9: 17-27; Mt 9: 32, 33; 12: 22. Alguns deles estão ligados a enfermidades.
b) Opressão e possessão podem atingir o crente?
·         Quanto à opressão, o crente deve estar atento, pois o inimigo vai persegui-lo a cada dia, a cada esquina, a cada passo, para tentar derrubá-lo ou desviar de seu propósito de busca de santidade e da consequente comunhão com o Senhor. Ele anda ao derredor. Apenas ao derredor.
 
·         Quanto à possessão, Ef. 1: 13 diz que o verdadeiro crente é selado com o Espírito Santo e a Palavra também ensina que luz e trevas não têm como coexistir, Jo 8:12; 1:5; 12:46. O crente tem um só Senhor vivendo em seu coração e dirigindo sua vida. Assim, onde a luz entrou, as trevas desapareceram. Quando o Espírito Santo entra na vida do cristão, transforma seu caráter e seu estado anterior de trevas, substituindo-os pela luz. Neste caso, a presença do Espírito Santo no crente, afasta a possibilidade de que as trevas tornem a dominar sua vida material e espiritual, At 26:18.
 
Na verdade, nossa batalha contra falhas pessoais e aberturas de brechas para que o inimigo possa atirar uma seta deve ser constante. Que nossas atitudes e as palavras que proferimos venham a se constituir em bênção a todos, Ef 4: 29; que confessemos a vitória, Fp 4: 3; que vigiemos e oremos em todo tempo, Mc 14: 38; Lc 22: 40.
Maior é o que está em nós. Deus nos chamou para abençoar a todos indistintamente. Abençoar é declarar o bem das pessoas, crendo que Deus endossará as nossas palavras. Abençoar é clamar a Deus em nosso benefício ou de alguém, Nm 22: 6.

III - A VITÓRIA EM CRISTO, Fp 3: 12-14
Cristo libertou-nos para que pudéssemos apresentar a Deus, voluntariamente, nossa adoração, reverência, fé, amor e esperança. Jesus nos devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre. Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava  oprimida, desfalecida. Contudo, agora, liberta por Deus, ela libera:
·           a força do seu intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12: 2;
·           a força emotiva. Antes, chorávamos de tristeza; agora choramos de alegria pela presença de Jesus, Sl 126: 3;
·           a força da memória. Esquecemo-nos do que ficou para trás, prosseguindo para o alvo da nossa vocação, isto é, do chamado por Deus, Fp 3: 13;
·           a força da consciência, fazendo tudo para agradar a Deus, de livre e espontânea vontade, 1Jo 3: 22;
·           a força do seu raciocínio, meditando e agradecendo a Deus pela grande salvação e libertação oferecidas por Jesus Cristo, Hb 2: 3.

domingo, 11 de setembro de 2011

Vaso Quebrado

Era uma vez um depósito de vasos quebrados.
Ninguém se importava com eles. Eles mesmos não se importavam por estar quebrados, ao contrário, quanto mais quebrados ficavam, mais eram respeitados pelos outros.
Um dia, por engano, um vaso inteiro foi parar no meio dos vasos quebrados, mas, por ser diferente dos demais, de imediato ele foi rejeitado e hostilizado. Justo ele, que tinha uma necessidade miserável de ser aceito.
Tentou se aproximar dos vasos menos danificados, aqueles que tinham apenas a boca rachada, mas, não deu certo. Depois, procurou se aproximar dos vasos que tinham apenas um pequeno furo na barriga, mas, também foi repelido. Tentou uma terceira vez, com os vasos que estavam trincados na base, mas, não adiantou.
Resolveu, então, arranjar umas brigas, esperando conseguir um ferimento, um risco, uma trinca ou, quem sabe, com um pouco de sorte, até um quebrado bacana, mas, naquele lugar, ninguém tinha força bastante para quebrar os outros. Se algum vaso quisesse se quebrar, tinha que fazer isso sozinho.
E foi isso mesmo que ele fez. E conseguiu o que queria, ser aceito no clube dos vasos quebrados.
Ficou feliz, realizado, mas, não por muito tempo, pois, logo começou a se incomodar com uma outra necessidade, a de ser respeitado pelos demais vasos quebrados.
Para isso, teve que ir-se quebrando. E se quebrou em tantos pedaços que voltou ao pó.
E deixou de ser vaso!
É muito comum as pessoas serem influenciadas por outras...
Tanto que perdem sua própria identidade.
Você mesmo provavelmente tomou alguma decisão influenciado por outras pessoas.
E quantas vezes não se arrependeu?
Portanto pense...
E valorize "o Vaso que é"...
Vaso de  Honra  Moldado Pelo  Senhor..

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

um Vaso


Sou apenas um Vaso pequeno!

Não, não ofereço perigo algum:
Sou quieto como folha de outono, esquecido entre as páginas de um livro, Sou definido e claro como o jarro, como a bacia de ágata no canto do quarto se tomada com cuidado, verto água límpida sobre as mãos para que se possa refrescar o rosto, mas, se tocado por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada. Sou o barro vermelho da colina fenícia de cor amarela sou a argila do barro do oleiro..........Frágil, fraco, mas sempre dependente de Deus, afinal ..tu és Oleiro e eu o Vaso.
(Ubirajara Almeida)                            

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Restaurado Para Ser Bênção

Agora chegamos a um ponto muito importante do processo de cura, talvez o mais importante, pois revela o poder restaurador de Deus em seu triunfo máximo — seu poder para transformar o sofrimento humano em bênção para o homem e glória para seu nome.
               Aquele que Está ao Nosso Lado
Paulo aplicou essa profunda verdade teológica a um aspecto muito prático — o de nossos traumas emocionais e recalques. "O Espírito semelhantemente nos assiste em nossa fraqueza." (Rm 8.26.) Graças a Deus! Ele não nos deixa a lutar sozinhos. Não estamos abandonados à própria sorte, forçados a utilizar ape­nas nossos parcos recursos, para de alguma forma atravessarmos essa confusão toda, levando vidas fra­cassadas. Não! Nosso Médico ferido, nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo pode "compadecer-se das nos­sas fraquezas". Jesus, o Filho de Deus, identificou-se conosco, seres humanos, quando se tornou o Filho do homem. Ele não apenas conhece nossas fraquezas, mas também nossos sentimentos. Ele compreende bem a dor da rejeição, a aflição causada pela separação, o pavor da solidão e do abandono, as nuvens negras da depressão. Ele entende, conhece e sente essas enfer­midades, essas adversidades e fraquezas. Ele é nosso Médico ferido, aquele que foi "ferido pelas nossas transgressões", e que levou sobre si nossas iniqüida-des e fraquezas.
Cristo é o nosso Médico ferido; ele compreende bem nosso sofrimento. Por isso, quando se preparava para deixar este mundo, prometeu que não deixaria seus amigos sós, mas voltaria para eles enviando-lhes o Consolador, o Paráclito. (Ver João 14.16-18.)
A boa-nova do evangelho para as pessoas que sofrem com traumas emocionais é a seguinte:
     Deus nos ama, não porque sejamos bons, mas porque precisamos de seu amor para sermos bons.
     Cristo, nosso Sumo Sacerdote, levou sobre si nossos pecados e fraquezas, não porque fôssemos bons, mas porque precisamos de seu amor e aceitação para nos tornarmos bons.
     O Espírito Santo nos oferece sua contínua pre­sença e poder, que nos capacitam, não porque somos bons, mas porque precisamos dele para sermos bons. Que verdade maravilhosa!
Temos aqui a provisão completa da graça de Deus. O amor incondicional e a aceitação do Pai; a completa identificação do Filho conosco, como nosso sumo sa­cerdote e médico ferido, sua identificação com nossos pecados e fraquezas; e a assistência diária, terna e inspiradora do Espírito.
E como o Espírito nos ajuda em meio a essas fraquezas que tanto nos prejudicam? "Porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós." (Rm 8.26.) Somente o Espírito Santo conhece realmente a mente de Deus. E só ele nos compreende de verdade. E como ele conhece o coração de Deus, e conhece o nosso também, só ele pode unir esses dois lados. E assim o Espírito intercede por nós com gemidos profundos demais para serem expressos. 
         Quando cooperamos com o Espírito Santo neste processo de oração e cura profundas, Deus não so­mente nos refaz e recondiciona, não somente tece novamente o seu projeto, mas também o recicla para que possamos ajudar a outros. Aí então poderemos olhar para essa vida e dizer: "Isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos."

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Verdades e Inverdades Acerca da Depressão

                                   
                
                
  A depressão é um problema muito comum entre cristãos. E o leitor poderá perguntar: "Mas como pode ser isso? Um verdadeiro cristão deprimido? As duas idéias são contraditórias e incompatíveis. Se uma pessoa nasceu do Espírito e certamente se ela foi cheia do Espírito, parece impossível que ela fique deprimida. E com certeza, o fato de ela estar sofrendo de depres­são deve ser uma indicação de que há alguma coisa errada com ela, de que precisa acertar alguma coisa com Deus. Isto talvez seja um sinal de que há pecado em sua vida."
       Tudo isso pode parecer muito certo e simples, mas, na verdade, não resiste a um confronto com as Escritu­ras, nem com a realidade cristã, nem com os princípios da Psicologia. E além disso, não se enquadra na experiência de muitos dos santos.
                                       
  O Cristão Pode Ficar Deprimido

            Tem lido os salmos de Davi ultimamente? "Por que estás abatida, ó minha alma?" (SI 42.5.) "Sinto abatida dentro em mim a minha alma." (SI 42.6.) "Por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu." (SI.42.5.  Ou já ouviu Elias dizer: "Toma agora, ó Senhor, a  minha alma." (1 Rs 19.4.) Ou Jonas: "Melhor me é morrer do que viver." (Jn 4.3.)Ou já escutou as palavras de Jesus no jardim, quando estava orando em agonia? "A minha alma está profundamente triste até a morte." (Mt 26.38.)
 Existem melhores exemplos de depressão — uma depressão que quase faz a pessoa a desesperar-se da vida? Muitos dos salmos que abordam essa questão de depressão falam do semblante, do rosto da pessoa, e como esses trechos são exatos em suas descrições! O indivíduo que está deprimido e desanimado tem um rosto muito infeliz. Tem uma expressão de perturbação, infelicida­de, preocupação, como se a vida estivesse colocando o peso do mundo todo em seus ombros.
Outro sintoma de depressão são as lágrimas. "As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite" (SI 42.3), diz o salmista. Esta frase contém uma decla­ração bastante acurada do ponto de vista psicológico. A depressão muitas vezes causa perda de apetite. A pessoa simplesmente não tem vontade de comer nada. E como o alimento lhe parece repulsivo, ela passa a viver de lágrimas, em vez de comida. "As minhas lágrimas têm sido o meu alimento." O que acontece aí? Não conseguindo parar de chorar, o indivíduo se alimenta do desespero, e, naturalmente, isso intensifi­ca seu estado de depressão.
A Bíblia é muito mais prática conosco e mais cari­dosa também do que alguns de nós, pois ela diz que um cristão pode ficar deprimido. As biografias dos santos também revelam isto. Muitas vezes citamos de João Wesley apenas sua maravilhosa conversão em Alders-gate, mas eu poderia mostrar inúmeras citações que se seguiram a ela, e que parecem anular completamente essa experiência, pois Wesley externou estados de depressão, dúvida e desânimo.
Para podermos resolver o problema da depressão, primeiro temos que reconhecer sua presença. E aquele que quiser ser sincero a respeito de seu lado emocio­nal terá que confessar: "É; a depressão também é uma velha conhecida minha. Entendo o que você está dizen­do."
Mas o que acontece é que muitos negam sua depressão, e assim fazendo aumentam seus proble­mas. Acrescentam à depressão um forte senso de culpa, e assim redobram o problema. Digamos que uma depressão bem grave eqüivaleria a carregar uma tonelada de peso emocional. É mais ou menos essa a sensação que se tem, não é? É horrível ter que carregar uma tonelada nas costas, mas temos forças para isso. Entretanto, quando dizemos: "Estou com essa depressão, então deve haver alguma coisa errada comigo", estamos acrescentando a ela o senso de culpa, e redobrando o peso do fardo. Aí a carga se torna impossível de ser suportada.
Estar deprimido não é necessariamente um sinal de falha espiritual. Pela narrativa das Escrituras vemos
que alguns dos casos de depressão mais sérios foram conseqüência de um esgotamento emocional, que se seguiu a um grande triunfo espiritual. Isso aconteceu com Elias, por exemplo. O que aconteceu com ele logo após o momento máximo de sua vida, quando triunfou sobre os profetas de Baal, no monte Carmelo? No instante seguinte, vemo-lo assentado sozinho, debaixo de um zimbro, pedindo a Deus para tirar-lhe a vida. Abraão também passou por uma experiência seme­lhante. E muitos de nós também passamos. Parece que a depressão é o "coice" emocional da natureza. É a pancada que um atirador recebe ao disparar uma arma de grosso calibre. É a reação da natureza, ou talvez o fator de equilíbrio do que CS. Lewis chama de "o princípio da ondulação", na personalidade hu­mana.
Infelizmente, nestas situações, nossos amigos da igreja podem ser os piores inimigos, dando-nos conse­lhos falsos, em desacordo com a realidade. Existem alguns cristãos que compreendem erradamente o pro­blema da depressão. Como eles próprios não se acham muito sujeitos a ela, não entendem as pessoas que sofrem com o problema. Isso pode ser terrível, quando essas duas pessoas são marido e mulher. Quando é a esposa que sofre crises de depressão, às vezes o marido não consegue entender bem as reações dela e suas variações de humor. E a situação pode tornar-se ainda mais séria, se ele se aproveitar disso para impor-lhe um fardo espiritual. Ou a mulher pode agir assim com o marido, se a situação for invertida.
A causa básica de muitos de nossos estados de­pressivos, muitas vezes, é o fato de não encararmos realisticamente essa depressão. Quem pensa que não existe relação entre o natural (isto é, nosso tempera­mento e a estrutura de nossa personalidade) com o nosso aspecto sobrenatural (isto é, nossa vida espiri­tual) está seriamente enganado. Tanto as emoções como a fé operam através da mesma constituição de personalidade. Deus não nos alcança por vias espe­ciais, que passam de largo por nossa personalidade, ou se desviam dela. Não é através de um funil mágico afixado a um orifício no alto de nossa cabeça que ele derrama sua graça sobre nós. Os aspectos de nossa personalidade que empregamos no exercício da fé são os mesmos pelos quais nossas emoções operam.
Satanás sempre quer transformar nos­sa depressão emocional numa derrota espiritual para nós. Ele quer pegar uma emoção "queimada" de nosso aparelho receptor e fazer dela uma fé "queimada". Ele conhece nossas fraquezas bem como a profundidade de nosso espírito, e vem nesse monotrilho e penetra direto no centro de nossa personalidade.
Sabe como Satanás quer nos derrotar? Ele tenta fazer com que sejamos eliminados desse jogo, levando-nos a cometer muitas faltas. Ele quer transformar uma depressão natural do temperamento em derrota espiri­tual, em dúvida e desânimo.


Resolvendo o Problema da Depressão

O fato de reconhecermos sinceramente nossa de­pressão não significa que estamos dando a Deus mais informações a nosso respeito. Ele conhece nossas emo­ções. Ele passou pelas mesmas coisas, na pessoa de seu Filho, quando este percorreu os mesmos caminhos que nós. E está conosco para nos compreender e nos ajudar. Quando reconhecemos e passamos a analisar nossas depressões, podemos tomar as providências seguintes adotando as medidas necessárias para a cura.
                               
Está Vivendo Acima de Sua Capacidade?

Todos nós temos limitações físicas, emocionais e espirituais, e precisamos nos manter dentro desses limites. Você tem dormido o suficiente? Vez por outra somos obrigados a perder horas de sono, e temos reservas de energia das quais podemos tirar as de que necessitamos. Mas, se fizermos dessa exceção nossa regra de vida, isto implicará em que estaremos cons­tantemente cansados. Se você é um dos que agem assim, posso garantir-lhe que sofrerá de depressão crônica, e talvez até de depressão patológica e clínica. Você sentirá o mesmo que aquele homem que disse não estar passando apenas por uma crise de identidade,mas também por uma crise de energia. Ele não sabia quem era e estava cansado demais para procurar saber.
Quero responder a uma pergunta antes mesmo que alguém a faça: não; o fato de uma pessoa estar no serviço cristão não muda essa verdade. Deus não anula suas leis, para favorecer pregadores, missioná­rios, grandes realizadores e obreiros superconsagra-dos. Eles também estão sujeitos às leis que Deus colocou em nosso organismo e constituição emocional. Ninguém pode violar assiduamente estas leis, sem sofrer as conseqüências. Que tipo de fardo você leva nos ombros? Quem você pensa que é, afinal? Deus?
Algumas pessoas estão sempre se descuidando do físico, e depois ainda se admiram de estarem deprimi­das.
Você já pensou que este estado depresssivo em que se encontra possa ser um controlador natural que Deus colocou em você? que isso é um recurso para levá-lo a diminuir o ritmo, a equilibrar as emoções, por estar constantemente tentando viver acima de suas possibilidades físicas?